Eu queria ser “normal”…
Não sentir tanta tristeza, angústia…
Não sentir tanta dor e aperto no peito. Nem esse vazio.
Ou pensar na maldita “amiga” quase todo o tempo.
Ter horror em ficar sozinha. Como se a minha companhia fosse a pior do mundo.
Eu comigo mesma nem pensar! Vem logo a “companheira” indesejável.
Queria escrever mais pois faz muito tempo que não entro aqui, mas a dor é forte. Não dá. Porém, vou deixar uma bela lembrança.
Consoada
Por Manuel Bandeira
Quando a Indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável),
talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
— Alô, iniludível!
O meu dia foi bom, pode a noite descer.
(A noite com os seus sortilégios.)
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
A mesa posta,
Com cada coisa em seu lugar.